BC projeta inflação dentro da meta este ano e em 4,4% em 2017

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O Banco Central (BC) passou a projetar inflação dentro da meta este ano, com redução em 2017. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou 6,5%, no limite da meta de inflação para 2016. A informação é do Relatório de Inflação do quarto trimestre, divulgada hoje (22), pelo BC.

A nova estimativa do BC está 0,1 ponto percentual abaixo da divulgada em setembro (6,6%). A meta de inflação tem como centro 4,5% e limite superior de 6,5%, neste ano. Para o próximo ano, o teto é 6%, mas a projeção do BC indica inflação no centro da meta (4,5%). A estimativa para 2017 é 4,4%. Em 2018, a expectativa é inflação ainda mais baixa, em 3,6%.

A probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior da meta em 2016 é estimada em 45% e, em 2017, de 12%. Para 2018, a probabilidade está em torno de 4%.

Essas projeções fazem parte do cenário de referência, em que o BC supõe a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano e o câmbio em R$ 3,40.

Cenário de mercado

O BC também divulga as previsões feitas com base no cenário de mercado, com estimativas de analistas econômicos para a Selic e a taxa de câmbio. Neste cenário, a inflação também ficará no teto da meta (6,5%) este ano e cairá para 4,7%, em 2017. Em 2018, a projeção é que a inflação ficará em 4,5%.

O BC divulga ainda outros dois cenários. Um deles é feito com base na taxa de câmbio constante em R$ 3,40 e a taxa Selic de acordo com a evolução prevista pelo mercado financeiro. Nesse cenário a projeção para o IPCA é 6,5% este ano, 4,7%, em 2017, e 4,5%, em 2018.

O cenário com juros inalterados em 13,75% ao ano e taxa de câmbio conforme estimativas do mercado, a inflação ficará em 6,5%, este ano, 4,4%, em 2017 e 3,7%, em 2018.

Preços administrados

A projeção para a variação do conjunto dos preços administrados é  5,6% para 2016, ante 5,5% previstos em novembro pelo BC. Para fazer essa projeção o BC considerou o reajuste médio de 9,4% nas tarifas de ônibus urbano e redução de 10,4% nos preços da energia elétrica.

Para 2017, a estimativa é 6%, ante a projeção de 5,9% de novembro. Entre outros fatores, essa projeção considera reajuste médio de 4,8% nas tarifas de ônibus urbano e 6,9% nos preços da energia elétrica. Para 2018, a projeção é 5,2%, ante 5,3% previstos em novembro.