Fazenda e BC têm projeções diferentes para inflação no ano
Autor(es): Por Thiago Resende | De Brasília
Enquanto o Banco Central (BC) projeta que a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 5,7%, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 a previsão para a inflação oficial do governo em 2013 é menor -de 5,2%. Esse é o percentual esperado pelo Ministério da Fazenda.
Segundo o ministério, “a inflação tem sido bastante pressionada por preço de alimentos. Parte deles já mostra arrefecimento, e parte deve mostrar reversão ao longo do ano”. Assim, “a inflação desacelerará nos próximos meses”, ou seja, a Fazenda não considera que a projeção esteja subestimada.
O Ministério da Fazenda também enfatizou que usa métodos de previsão diferentes do BC. A estimativa da autoridade monetária, a de 5,7%, é a do cenário de referência contida no relatório de inflação divulgado no mês passado.
Em março, o IPCA alcançou 6,59% no acumulado dos últimos 12 meses. Assim, ultrapassou o teto da meta de inflação, que é de 6,5%. O centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 4,5%.
Esse estouro do limite máximo da meta inflacionária foi tema de perguntas ao secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, quando apresentou a LDO de 2014. “O governo continua trabalhando para que a inflação possa convergir para a meta”, disse Augustin, na ocasião, ressaltando que a queda da inflação é um processo. Para controlar o avanço dos preços, a equipe econômica tem adotado uma série de desoneração tributárias para vários setores da economia, e estuda novas isenções.