IBPT: Brasil é último colocado em ranking sobre pouco retorno dos impostos

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Entre os 30 países de maior carga tributária do mundo, Brasil é o que oferece o menor retorno em serviços públicos de qualidade à população de acordo com a pesquisa divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Esta é a quarta vez seguida que o país aparece no último lugar no ranking que relaciona volume de impostos à qualidade de vida.

Para  concluir a pesquisa  “Estudo sobre a Carga Tributária/PIB x IDH“, o instituto considerou a carga tributária dos países em 2011, divulgada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2012, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que considera nível de educação, renda e expectativa de vida.

Os Estados Unidos aparece no primeiro lugar como provedor de serviços públicos de qualidade à população, como saúde, educação, segurança, transporte e outros. Na sequência, estão Austrália e Coreia do Sul. Em 2011, a Austrália tinha ficado na liderança.

O Brasil permaneceu na 30ª posição do ranking porque terminou 2011 com carga tributária de 36,02% do PIB, e ocupa apenas a posição de número 85 no IDH.

Nas últimas posições do rankimg, à frente do Brasil, aparecem Dinamarca (29ª posição), França (28º) e Finlândia (27ª).

“O Brasil continua na retaguarda em termos de qualidade dos serviços públicos, perdendo para os países vizinhos Uruguai e Argentina, que ocupam, respectivamente, a 13ª e a 21ª posições no ranking”, destacou o estudo.

“É importante que se diga que todos os cidadãos brasileiros pagam impostos, mesmo aqueles que estão isentos do IPTU e do Imposto de Renda das Pessoa Física, porque consomem produtos e serviços que têm uma alta carga tributária embutida, mesmo aqueles de primeira necessidade, como: arroz (17,24%), feijão (17,24%), carne (23,99%), pasta de dente (31,37%), caderno escolar (34,99%) e outros“, afirma.

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