Analistas elevam estimativa de retração do PIB em 2015 para 1,70%

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Com a informação de que o IBC-Br ficou praticamente estável em maio na margem depois de quedas em março e abril, o mercado financeiro revisou para baixo suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015. A expectativa de retração de 1,50% no Relatório de Mercado Focus foi substituída por uma queda de 1 70% agora. O documento é divulgado pelo Banco Central toda segunda-feira pela manhã. Há um mês, a mediana das previsões estava em -1,45%.

A perspectiva de recuperação da atividade no ano que vem também segue debilitada. Passou de 0,50%, onde estava há três edições do boletim Focus, para 0,33% nesta segunda-feira. Um mês antes, estava em 0,70%.

O BC, apesar de também ter revisado para pior sua projeção, de queda de 0,6% para retração de 1,1%, segue mais otimista que o mercado. No Relatório Trimestral de Inflação de junho, a instituição informou que a mudança ocorreu em função de piora nas perspectivas para a indústria, cuja expectativa de PIB recuou de -2,3% para -3,0%.

egundo o BC, essa piora foi influenciada por impactos das reduções projetadas para a indústria de transformação, de -3,4% para -6%, e para a produção e distribuição de eletricidade, água e gás, de -1,4% para -5,6%, refletindo cenário de aumento da participação de termelétricas na oferta de energia e de redução do consumo de água no primeiro trimestre do ano. Para o setor de serviços, a autoridade monetária, que até março via uma ligeira expansão de 0,1% em 2015, passou a projetar queda de 0,8%.

No boletim Focus desta segunda-feira, a projeção para a produção industrial, no entanto, foi mantida em baixa de 5,00%. Quatro edições da pesquisa atrás, a mediana das previsões para o setor fabril era de uma retração de 3,65%. Já para 2016, a mediana das estimativas passou de +1,40% para +1,50%, o que revela o retorno para o patamar visto um mês antes.

Os analistas fizeram ajustes em suas estimativas para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Deve encerrar 2015 em 37,00%, e não mais em 37,20% como apontado na semana passada. Em 2016, a projeção foi alterada de 38,00% para 38,35%. Há quatro semanas, as medianas das previsões para esse indicador eram de, respectivamente, 37,90% e 38,20%.