Saldo negativo das contas externas cai para US$ 4,1 bi, em outubro

258

O saldo negativo das transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo, ficou em US$ 4,166 bilhões, em outubro, e acumulou US$ 53,474 bilhões, nos dez meses do ano. Em outubro de 2014, o déficit era US$ 9,316 bilhões e no acumulado de dez meses, US$ 83,379 bilhões.

No mês passado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo, com US$ 2,799 bilhões. Na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) o déficit ficou em US$ 3,523 bilhões.

A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo, de US$ 277 milhões, assim como a balança comercial (exportações e importações), com US$ 1,879 bilhão de superávit.

Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo. Em outubro, o IDP chegou a US$ 6,712 bilhões, acumulando US$ 54,923 bilhões, nos dez meses do ano.

O investimento em ações negociadas no Brasil e no exterior chegou a US$ 119 milhões, no mês passado, e a US$ 10,522 bilhões, de janeiro a outubro. No caso do investimento em títulos negociados no país, houve mais saída de investimentos do que entrada, com saldo negativo de US$ 2,397 bilhões, no mês. De janeiro a outubro, o saldo ficou positivo em US$ 12,717 bilhões.