Planalto diz que toma medidas para recuperar economia; ministro defende diálogo

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Após a agência de classificação de risco Fitch ter rebaixado hoje (1) a nota do Brasil, o Palácio do Planalto disse que o governo adota medidas para reduzir a inflação e recuperar o crescimento da economia do país. A Fitch rebaixou a nota do Brasil, mas manteve o grau de investimento. De acordo com a agência Ficth, a decisão reflete o crescimento do peso da dívida brasileira e a piora do cenário econômico. A nota passou de BBB para BBB-, com perspectiva negativa.

Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República destacou que, apesar da alteração na nota, passou de BBB para BBB-, o país continua a ter grau de investimento. De acordo com o comunicado, o Brasil tem tomado “uma série de medidas” de reequilíbrio fiscal “que contribuirão para estabilizar a dívida pública e recuperar o crescimento da renda e do emprego nos próximos anos”.

“Cabe destacar que o país é um dos principais destinos de investimento estrangeiro, o sexto do mundo, segundo a Unctad [Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento]”, diz ainda o Planalto.

Ao comentar o rebaixamento da nota, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva, disse que o fato ocorreu em razão da “guerra política” que o país está vivendo e defendeu o diálogo entre governo e oposição. “É urgente a aprovação das medidas de ajustes pelo Congresso Nacional”, afirmou o ministro, em entrevista ao portal de notícias UOL.

Edinho Silva ressaltou que é preciso dar previsibilidade à economia e que é urgente a aprovação das medidas tributárias e orçamentárias. “A guerra política travada no Brasil está gerando instabilidade e prejudicando a economia. Como tem dito a presidenta Dilma, é hora de construirmos a paz política, é hora de colocarmos os interesses públicos antes dos interesses partidários. Fica nítido, com mais esse desgaste internacional da imagem do país, que é hora de dialogarmos e acharmos o que nos unifica. É hora de governo e oposição dialogarem e defenderem os interesses do Brasil.”