CPMF tem “papel muito importante” , como teve na época de FHC, diz Levy

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reafirmou nesta segunda­feira, em seminário na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio, a necessidade de novos contribuições, ainda que temporárias, para recompor a receita. “A CPMF até agora tem mostrado ter um papel muito importante, como teve na época do Fernando Henrique Cardoso, quando teve que trazer o Brasil de volta a uma rota de equilíbrio”, ressaltou o ministro.

“Ele [o ex­presidente Fernando Henrique] obviamente contou com a CPMF, demorou uns mesezinhos, mas foi fundamental na arquitetura de reequilíbrio daquela época”, completou. O ministro afirmou que espera que o ano de 2016 seja de crescimento, se forem resolvidas as questões do Orçamento para o próximo ano. “Resolvido o orçamento, o crescimento em 2016 está contratado, o Brasil responde. O Brasil responde ao orçamento que mantenha a trajetória da dívida em um caminho seguro”, disse, em seminário sobre os 20 anos da Lei de Concessão.

O ministro destacou que, pela primeira vez em muitos anos, a expectativa de inflação volta a convergir para a meta. Segundo Levy, a conversão para a meta se dá por realinhamento dos preços. Com os preços realinhados e a volta da confiança, haverá espaço para a retomada da economia, disse. Levy acrescentou que atacar os problemas de infraestrutura é fundamental para atingir a retomada da economia.

“Não se confrontar com um muro da oferta, evitar o voo de galinha, para que isso não se traduza em inflação. Essa é a estratégia do crescimento, que a gente já viu que dá certo”, afirmou. Falando a jornalistas após o evento, Levy ressaltou ser necessário um “Orçamento que dê segurança, com receitas necessárias”, que fará o país crescer em 2016″.

O ministro também voltou a cobrar a aprovação no Congresso dos vetos da presidente Dilma Rousseff a questões que aumentam as despesas do governo. “Cada veto que é mantido é um imposto a menos que temos que pagar e um passo à frente para voltar a crescer”, disse.