Servidor em campanha

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Autor(es): VERA BATISTA

Os servidores públicos federais lançam hoje a campanha salarial de 2014 com atos em todos os estados do país. Em Brasília, vão se reunir, desde cedo, no espaço do servidor, próximo ao Bloco K da Esplanada dos Ministérios, ao lado da Secretaria de Relações do Trabalho (SRT), do Ministério do Planejamento. Esse será o início de uma nova queda de braço com o governo para tentar não apenas antecipar para este ano a parcela de reajuste de 5% (a última das três previstas até 2015), mas também pressionar a presidente Dilma Rousseff a definir uma política salarial permanente, estabelecer a paridade entre ativos, aposentados e pensionistas, e criar uma data-base para a categoria.

Do calendário de manifestações constam uma marcha dos trabalhadores no Distrito Federal, em 5 de fevereiro; debate, no dia seguinte, sobre a dívida pública, considerada um dos principais agravantes da falta de investimentos no setor público; e indicativo de greve para a primeira semana de março, caso o governo não atenda as reivindicações. “Padecemos com a perda de poder aquisitivo. A inflação acumulada de 2012 e 2013 quase ultrapassa os 12%. Basta isso para provar que os 15,8%, em três anos, são inadmissíveis. Não tem como aceitar”, reclamou Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

Projetos
Entre as prioridades, estão também a regulamentação da negociação coletiva, a fixação de diretrizes de plano de carreira e a retirada do Congresso Nacional de projetos que prejudicam os trabalhadores públicos. Segundo a Condsef, tramitam no Legislativo 27 projetos sobre direito de greve. Os servidores querem também o cumprimento, pelo governo, de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação. Há, igualmente, uma preocupação constante com a saúde financeira e a qualidade do atendimento dos planos de saúde.