A guerra da saúde

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Autor(es): Denise Rothenburg

A Frente Parlamentar da Saúde aproveitará a volta do Orçamento Impositivo à Câmara dos Deputados para tentar ampliar os recursos destinados ao setor. “O texto aprovado no Senado troca seis por meia dúzia. Aqui não será fácil”, reclama o deputado Darcísio Perondi, do PMDB gaúcho. A ideia dos deputados é reeditar o movimento “Saúde+10”, que pretende insistir nos 10% do PIB para o setor. Eles sabem de antemão que o governo não topará, mas estão dispostos a fazer barulho.

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O líder no Senado, Eunício Oliveira (CE), garante, entretanto, que, na Câmara, seu partido votará fechado com o texto aprovado pelos senadores, até porque, diz ele, os R$ 7 bilhões destinados às emendas serão dinheiro novo. Perondi discorda. Pelo visto, a discussão vai longe. E se os deputados não acertarem o financiamento, há quem aposte na promulgação fatiada do Orçamento Impositivo, a parte que interessa aos deputados, sem a necessária vinculação. É bom ficar de olho.

Feitiços & feiticeiros I
A oposição guarda como uma joia rara o pronunciamento à Nação em que a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução do valor da conta de luz. Diante dos aumentos das tarifas da Light e de outras distribuidoras, basta colocar no ar as duas notícias para desgastar um pouco mais a presidente-candidata.

Feitiços & Feiticeiros II
A bateria contra o Mais Médicos, entretanto, saiu da linha de frente. Afinal, diante da aprovação do programa, os oposicionistas pretendem silenciar nesse tema.

O fico de Afif
O ministro da Secretaria Especial da Pequena e Micro Empresa, Guilherme Afif Domingos, ficará no governo. A turma do Palácio brinca assim quando se refere ao fato: “Afif falou que fica”. É o trava língua ministerial.

Foco neles!
No domingo, a direção petista estará ligada no Processo de Eleição Direta (PED) de quatro estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. É nesses locais que a disputa entre as tendências do partido está mais acirrada. No mais, avisam os integrantes da ala majoritária, a Construindo um Novo Brasil, não deve haver grandes mudanças ou surpresas.

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Alô, “amigos”!/ O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (foto), do PT, deixou de lado as desavenças com o PMDB e passou a telefonar para a cúpula peemedebista pedindo ajuda na aprovação da renegociação da dívida dos Estados. Quem diria…

Pegou/ O deputado Chiquinho Escórcio fez escola no plenário, ao reclamar das votações que varam a noite às quartas-feiras. Nessa semana, lá pelas tantas, um gaiato grita para o deputado Simão Sessim, que presidia a sessão: “Anda logo com isso, Simão! Olha o estatuto do idoso!”.

No dia seguinte…/ Um grupo de turistas na visita guiada, ontem pela manhã, ouviu a seguinte explicação do servidor: “Hoje, como é dia de trabalho, não há acesso ao plenário, vamos apenas às galerias (…)”. Ocorre que estava tudo fechado. Sessão, só no início da tarde e olhe lá.

Pindaíba/ O ministério da Agricultura desativou a maioria dos elevadores. Tudo para economizar. Na Câmara, virou logo piada. “Se fosse um ministério do PT, tinha dinheiro pra tudo”.