Henrique Alves aborta votação da PEC do orçamento impositivo

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Depois de sepultar a ideia da presidente Dilma Rousseff de fazer um plebiscito sobre a reforma política, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), atuou pessoalmente ontem para evitar uma segunda derrota do Planalto, abortando a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que torna impositivo o orçamento de emendas parlamentares.

Alves saiu de uma reunião da Mesa e foi à Comissão Mista de Orçamento fazer um apelo para que os deputados suspendessem a votação da emenda. O presidente da Câmara adotou o orçamento impositivo como a principal bandeira de sua eleição para o cargo, mas ontem considerou que não era o momento de aprovar a medida. Alves disse que se sentia no dever de pedir mais um tempo aos deputados, para conversar e negociar com o governo.

Ele atendeu aos pedidos da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e do vice-presidente da República, Michel Temer, que telefonaram pedindo para evitar a votação. Alves acertou com a comissão votar a PEC no início de agosto. Segundo tentou explicar aos deputados, apesar de ter estimulado a votação, entendeu que ontem não seria o melhor momento para votar a emenda.