Problemas se multiplicam

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Correio Braziliense – 08/04/2013

 

 

A situação dos planos de saúde dos servidores preocupa. Somente no ano passado, cinco instituições de autogestão, incluindo a Geap, sofreram intervenção da ANS. Estão na lista a Fundação Assistencial dos Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Fassincra) e a Caixa de Assistência Médica e Benefícios da Polícia Civil do Distrito Federal (Camb). A Caixa de Assistência dos Funcionários da Empresa Energética de Sergipe (Cagipe) está sob intervenção desde 2010. Todas registraram deficits altos, combinados com má gestão, que inviabilizaram o pagamento do atendimento médico aos pacientes. Caso não regularizem as finanças, as próximas a figurarem nessa lista poderão ser a Fundação Assistencial dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz) e a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

O caso da fundação do servidores da Fazenda — entre eles, analistas tributários e auditores da Receita Federal e analistas do Tesouro Nacional — torna-se ainda mais complicado quando se verificam as reservas de caixa para fazer frente aos compromissos com atendimento médico. Em janeiro, esses recursos somavam R$ 56 milhões. E a fonte deve secar ainda mais, pois a entidade tem registrado deficits mensais. A esperança da diretoria está no reajuste das mensalidades, previsto para julho. Já a Cassi tem cerca de R$ 1,5 bilhão na conta, o que garante uma folga maior para cobrir deficits médios de R$ 10 milhões ao mês até o próximo aumento.

O buraco nas contas da Assefaz já apareciam nos relatórios trimestrais de 2012 e, inclusive, tinham levado integrantes do conselho de administração da operadora a entrar em rota de colisão com a diretoria, comandada por Hélio Bernardes. Eles chegaram a aprovar, no ano passado, uma auditoria externa no balanço da fundação. A contratação da empresa que passará pente-fino na contabilidade ficou, no entanto, para este ano. Os conselheiros querem saber se o responsável pela situação são mesmo os gastos maiores com saúde ou se os recursos não estão sendo mal administrados. 

Situação reversível

O diretor executivo da Geap, Juscelino Francisco Menezes, admite as dificuldades pelas quais passa a entidade, que está sob intervenção da Agência Nacional de Saúde (ANS) há duas semanas, mas garante que a situação é reversível. “A Geap é uma entidade viável, sustentável e moderna, englobando convênios com 87 instituições públicas, que somam 625 mil pessoas, e uma rede de 24 mil prestadores de serviço”, diz.