País tem crescimento gradual, diz Tombini

Autor(es): Marina Guimarães

O Estado de S. Paulo – 16/11/2012

Presidente do BC diz no Uruguai que Brasil está “recuperando taxas de expansão forte”

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, mostrou-se satisfeito com o resultado do índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na quarta- feira pela autoridade monetária. “O crescimento da economia brasileira é gradual”, disse Tombini à “Agência Estadão em Punta del Este (Uruguai), onde participa de uma conferência sobre o papel dos banqueiros centrais na estabilidade macroeconômica e financeira.

Embora o IBC-Br tenha recuado 0,52% em setembro, em relação ao mês anterior, Tombini destacou que está em processo de recuperação. “O importante é que mudamos o verbo. Agora estamos conjugando o verbo recuperar taxas de crescimento mais fortes”, afirmou.

Fonte do BC brasileiro comentou que os números de setembro refletiram o fato de o mês ter tido menos dias úteis, apenas 19. “Foi o mês de setembro com menos dias desde setembro de 2007, que também teve 19 dias, enquanto em agosto foram 23 dias e, em outubro, 22”, explicou a fonte. Para a autoridade monetária, não há dúvidas de que “a economia vai pegar tração no terceiro trimestre, com crescimento de 1,15%. No terceiro trimestre anualizado já há um crescimento de 4,7%”, afirmou a fonte.

“Isso é um crescimento robusto”, classificou. Ontem, o BC divulgou o IBC-Br, o índice que funciona como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), com uma retração de 0,52% em setembro em relação ao mês anterior. Em agosto, o índice havia registrado alta de 0,95% em relação a julho, na série com ajuste sazonal. Na comparação com setembro do ano passado, o IBC- Br experimentou alta de 0,44%.

Conferência. Tombini participa desde ontem de uma conferência sobre O papel dos Bancos Centrais na estabilidade macroeconômica e financeira: os desafios no mundo incerto e volátil”, que se realiza em Punta Del Este e é organizado pelo BC do Uru- guaijunto com o Centro de Estudos Monetários Latino-americanos (Cemla) e o South East Asian Central Banks Research and Training Centre (Seacen).

O presidente do BC brasileiro fala sobre o papel do BC na estabilidade da macroeconomia e compartilha o painel com os presidentes dos BCs do Peru, Julio Velarde, e do Sri Lanka, Nandalal Weerasinghe.

A conferência foca temas vinculados também com a estabilidade financeira no contexto atual de incertezas e volatilidade internacional.