Posição do governo leva à radicalização da mobilização
O presidente da ASSECOR, Eduardo Rodrigues, o vice, Antonio M. R. Magalhães, e representantes das entidades do Ciclo de Gestão (CG) e Núcleo Financeiro (NF) participaram, nesta quarta-feira (13/6), de mais uma reunião na Secretaria de Relações do Trabalho (SRT). Esse foi o quarto encontro neste ano para tratar da campanha salarial. No início do debate, o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, alertou que não teria uma boa notícia, “nós não temos nada de novo a colocar sobre a questão salarial e a reivindicação dos segmentos aqui representados”, informou.
Depois de um longo processo de negociação, com 12 reuniões durante um ano e meio, os sindicalistas receberam a informação com decepção. Apesar do esforço das entidades representativas, o processo não parece ser uma negociação, pois isso exigiria esforços de ambas as partes para encontrar uma solução. Fica evidente a indiferença do governo em relação aos pleitos dos servidores do CG e NF.
“Ficamos de voltar com a expectativa que teríamos algum avanço. Nós, nesse um mês [desde a última reunião], ainda não tivemos uma definição dos parâmetros relacionados ao aumento salarial de todos os grupos”, disse o secretário de Relações do Trabalho.
Os últimos acontecimentos veiculados pela mídia sobre as campanhas salariais de outros segmentos comprovam a necessidade de acirramento e até da greve para o atendimento das reivindicações. “A postura do governo tem empurrado os servidores para a radicalização. Nossa postura sempre foi de negociar e continuaremos na mesa buscando o melhor acordo possível. Contudo, depois de mais uma demonstração de indiferença, resta aos servidores demonstrar mais incisivamente o seu descontentamento”, destacou o presidente da ASSECOR.
Segundo Mendonça, o prazo final para o governo apresentar uma posição definitiva sobre o reajuste é 31 de julho. Os dirigentes sindicais e o secretário entraram em acordo para que a próxima reunião somente seja marcada quando o governo tiver algo a apresentar a respeito da proposta salarial do grupo. Enquanto isso, a mobilização das categorias será naturalmente intensificada. “No dia 18 de junho, nós e as categorias que estão conosco nessa luta decidiremos em assembleias os passos que daremos nas semanas seguintes. É hora de união e força”, enfatizou o Rodrigues.
Assessoria de Comunicação da ASSECOR.