Subcomissão debate plano de desenvolvimento para o Nordeste

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Fonte: Rodrigo Baptista / Foto: J. Freitas / Agência Senado


O principal desafio da Sudene não é criar um plano de desenvolvimento para o Nordeste, mas tirar tudo isso do papel, afirmou nesta terça-feira (19), Guilherme Maia Rebouças, que é diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. Ele participou de audiência pública realizada pela subcomissão permanente que trata do tema, no âmbito da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR). Na ocasião, ele detalhou a versão para discussão do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), em processo de elaboração pelo órgão.

– O desafio é fazer esse plano acontecer – disse Rebouças.

Segundo o dirigente da Sudene, o objetivo do plano não é abranger todos os setores importantes para o crescimento da região, mas definir algumas ações prioritárias de forma a orientar os investimentos.

Para a superação das desigualdades regionais, Rebouças sugere que estados, municípios e o governo federal formem um “pacto pelo Nordeste”. Na opinião do diretor, apesar de concentrar os municípios com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, a região não pode ser encarada como um problema, mas como oportunidade para o crescimento.

Segundo Rebouças, é preciso criar um modelo de desenvolvimento próprio, levando em conta as características locais, mas sem esquecer a estratégia de desenvolvimento do país.

– O Nordeste não precisa ser São Paulo para depois vir a ser o Nordeste que a gente quer. O caminho para o desenvolvimento não é único – disse.

Diretrizes

Dentre as diretrizes para a superação da pobreza no Nordeste e o crescimento econômico da região, Guilherme Rebouças destaca como fundamentais o investimento em educação e infraestrutura.

Ele enfatiza ainda a diversidade cultural da região como um grande ativo no momento atual.

– É um ativo que tem grande valor na geração de riquezas numa sociedade do conhecimento.

Rebouças informou ainda que o PRDNE é o instrumento por meio do qual a Sudene estabelece objetivos, metas, prioridades e diretrizes para proporcionar o desenvolvimento sustentável, mediante ações articuladas pelos governos federal e estaduais, em consonância com planos e políticas nacionais, estaduais e locais.

As diretrizes do plano ainda precisam ser aprovadas pelo Conselho Deliberativo da Sudene antes de passar por exame do Congresso Nacional.