PF e Receita vão reforçar ação contra caos aéreo

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Autor(es): Geralda Doca

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal terão que reforçar a operação de fim de ano que o governo está fazendo nos principais aeroportos do país até o dia 13 de janeiro. Durante reunião coordenada pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, com as autoridades do setor, ontem, ficou decidido que os dois órgãos colocarão de prontidão a quantidade de efetivo necessária para atender às demandas de cada aeroporto. A falta de dinheiro para custear passagens e diárias foi o motivo apontado pela PF e pela Receita para não cumprir integralmente o plano de contingência, que começou na sexta-feira. Também ficou acertado que a Infraero, que tem pessoal excedente, vai ceder funcionários para apoiar a PF, principalmente em Guarulhos.

— A ministra Gleisi foi categórica e deixou claro que o governo está empenhado em garantir tranquilidade à população nos aeroportos. Vamos cumprir integralmente o planejamento para que todos possam viajar e festejar com seus familiares — disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, depois da reunião.

Ele explicou que haverá autorização orçamentária do Ministério do Planejamento para cobrir os gastos extras com pessoal. Segundo dados dos dois órgãos, são necessários mais 94 homens da PF e 62 fiscais da Receita nos aeroportos mais movimentados do país. Os funcionários vão facilitar o fluxo na fila do passaporte e da alfândega, principalmente nos aeroportos que operam voos internacionais, como Guarulhos e Galeão.

A expectativa do governo é que passem pelos terminais neste fim de ano 16,4 milhões de passageiros. Espera-se que o dia de maior movimento seja sexta-feira (20).

Moreira Franco disse ainda que o governo está confiante num acordo salarial entre os trabalhadores do setor aéreo e o sindicato da categoria, ainda esta semana. Segundo Odilon Junqueira, coordenador das negociações do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), metade dos aeroviários (trabalhadores em terra) já aceitou a proposta das companhias. Mas, ainda falta um entendimento com os aeronautas (pilotos e comissários). Uma reunião está marcada para amanhã. As empresas estão oferecendo a reposição da inflação, pelo INPC.