Nota do Sindicato Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento – Assecor – Sindical

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Nós, servidores da carreira de Planejamento e Orçamento, representados pela Assecor – Sindical, vimos, por meio desta nota, prestar a nossa solidariedade às famílias do indigenista e servidor da FUNAI Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Philips.

A nossa solidariedade se estende também aos servidores da FUNAI, e às suas famílias, e à própria instituição, que vêm sofrendo, nos últimos anos, um verdadeiro processo de perseguição – assédios moral e institucional –, além do desmonte do seu papel institucional de proteção aos povos indígenas.

Aliás, diversas instituições do Estado vêm sofrendo esse assédio institucional. Essas instituições estão aparelhadas para impedir que sigam com suas missões constitucionais e legais de execução das políticas públicas. E com a FUNAI não tem sido diferente. O servidor Bruno se licenciou do cargo para seguir cumprindo a função que o atual governo lhe impediu de realizar, de proteção à política indigenista, o que acabou resultando em seu assassinato.

Também prestamos solidariedade aos povos indígenas, tão perseguidos e abandonados pelo Estado brasileiro que tem incentivado a ocupação de suas terras por parte de garimpeiros e madeireiros. É dever do Estado a proteção dos direitos humanos, do respeito à cultura e à memória dos nossos povos originários, o que se encontra garantido na Constituição Cidadã de 1988.

O papel que os povos indígenas têm desempenhado na preservação do meio-ambiente precisa ser valorizado, como uma agenda central não só para nosso país, mas para todo o planeta. Por isso, é tão importante avançar na demarcação das suas terras.

O Orçamento Público precisa retratar essas prioridades, colocar novamente como prioridade o povo brasileiro, em toda a sua diversidade, que é o destinatário final das riquezas produzidas por toda a nossa sociedade.

Justiça por Dom e Bruno!

ASSÉDIO INSTITUCIONAL MATA!