Mansueto: Mercado está aceitando o ajuste gradual das contas públicas
28/11/2016 às 11h48 Mansueto: Mercado está aceitando o ajuste gradual das contas públicas As contas públicas brasileiras só vão voltar “a ficar no azul” a partir de 2019, repetiu o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, nesta segundafeira. “O mercado está aceitando o ajuste gradual. Ajuste não significa tornar uma conta deficitária numa superavitária no ano seguinte. Isso não é possível. Não tem como cortar gasto público rapidamente de um ano para o outro”, afirmou Mansueto, em palestra para empresários promovida pela Lide, no Recife. O secretário saiu em defesa da proposta de teto para os gastos públicos, que tramita no Senado. “Quem vai definir prioridades é o Congresso e em todo lugar do mundo existe lobby de grupos poderosos, mas vai ser muito difícil aumentar subsídio em vez de recursos para a educação. Além disso, o Congresso não terá incentivo para superestimar receita”, disse Almeida. Segundo o economista, a queda consistente do juros será consequência do ajuste fiscal, a partir do qual o país sinaliza uma diminuição das dívida e redução do risco de calote. “Acho positivo que no Brasil não se esteja fazendo um ajuste por medida provisória. Se não fizermos o ajuste, o grande risco é que ele nos seja imposto por uma inflação maior”. O economista também reafirmou posicionamento favorável à fixação de uma idade mínima para aposentadoria. Segundo Mansueto, a população urbana mais pobre, que não consegue se aposentar por tempo de serviço por não ter a carteira assinada por 35 anos, já se aposenta por idade. “Não faz sentido o Brasil não ter idade mínima para aposentadoria”, disse.