Fiesp diz que queda do PIB é resultado de erros políticos

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) disse que o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) é responsabilidade governo, e não pode ser atribuído ao contexto internacional. “Deve-se aos erros cometidos nas decisões políticas e na condução da economia: temos um governo caro, pesado e intervencionista, que não toma medidas para controlar seus gastos e deseja aumentar os impostos”, diz nota distribuída hoje (3).

A Fiesp credita à crise política o desempenho ruim do PIB. “É preciso resolver a crise política e tomar as medidas necessárias para que a economia entre num ciclo virtuoso de crescimento do consumo, de investimento, de emprego e de renda”. O PIB teve queda de 3,8% em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB fechou o ano passado em R$ 5,904 trilhões.

A retração da economia em 2015 reflete queda em praticamente todos os setores da economia, com destaque para investimento em bens de capital, com queda de 14,1%. Os números divulgados hoje (3) indicam quedas significativas na indústria (6,2%) e nos serviços (2,7%). O único setor registrou crescimento foi a agropecuária (1,8%).

Para a Força Sindical, o resultado implicará resistência ao aumento real no salário no próximo ano. A segunda maior central sindical do país prevê enorme impacto negativo no poder de compra dos trabalhadores e aposentados, conforme nota divulgada nesta quinta-feira.

“Não haverá aumento real de salário mínimo para milhões de trabalhadores e aposentados no ano que vem, além de ser uma trava nas campanhas salariais neste ano. Ou seja: ao permitir que a economia ande para trás, o governo prejudica os menos favorecidos e impede uma justa distribuição de renda”, disse em nota.