Barbosa: reajuste do Judiciário terá base em propostas para pessoal do Executivo
Os reajustes para as carreiras do Judiciário se basearão na proposta do governo para os servidores do Poder Executivo, disse nesta quinta-feira o ministro doPlanejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa. Segundo ele, as negociações terão como ponto de partida a proposta de reajuste de 21,3% em quatro anos, a partir de 2016.
Após reunião com grupos de investidores, em Nova York, Barbosa voltou a declarar que o reajuste de 53% a 78,56%, aprovado nesta semana pelo Senado, é incompatível com o equilíbrio fiscal e a realidade da economia brasileira. Para ele, os aumentos salariais não são sustentáveis, e provocam efeito cascata sobre as contas públicas. Ele classificou o tema como prioritário dentro do Ministério do Planejamento.
De acordo com o Planejamento, a proposta aprovada pelos senadores provocará impacto fiscal de R$ 25,7 bilhões até 2018. A categoria, de acordo com o ministério, teve reajuste em torno de 60% entre 2005 e 2008 e foi contemplada com aumento de 15,8%, pagos em parcelas anuais de 2012 a 2015.
Em visita aos Estados Unidos, Barbosa participou de reunião com cerca de 60 investidores. Ele apresentou os principais dados sobre a economia brasileira, explicou as medidas de ajuste fiscal e detalhou os projetos do Programa de Investimento em Logística, que prevê concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos ao setor privado.
Após o encontro, Barbosa disse que empreiteiras norte-americanas e de vários países da América Latina manifestaram interesse nos projetos, principalmente em portos e aeroportos. Ele disse aos investidores que o Brasil está passando por um período de transição, e as medidas de ajuste fiscal e monetário, postas em prática pelo governo, são necessárias para levar o país a novo ciclo de desenvolvimento.
Barbosa anunciou que Brasil e Estados Unidos estudam a criação de um centro de infraestrutura coordenado pelos dois países. O órgão teria como objetivo facilitar a comunicação e coordenação de áreas de interesse comum no setor.