Deficit primário atinge R$ 10,4 bilhões e tem pior resultado da história

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A economia em recessão técnica e o governo da presidente Dilma Rousseff mantém os gastos em ritmo acelerado, comprometendo a austeridade fiscal. Em agosto, o governo central registrou um deficit de R$ 10,4 bilhões, o pior resultado já registrado na história para o mês. Nos oito meses do ano, o superavit primário somou apenas R$ 4,6 bilhões, dado é 87,8% menor que o registrado no mesmo período de 2013. Com esse desempenho está cada vez mais difícil para o setor público economizar 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 99 bilhões, como havia se comprometido no início do ano.

A receita líquida de agosto somou R$ 82,5 bilhões, queda de 6,4% na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, cresceu 6,4% em relação ao mesmo período de 2012 para R$ 661,2 bilhões. A despesas, por sua vez, cresceram em ritmo mais forte. Na variação mensal, avançou 2,9%, para R$ 92,8 bilhões. E, no comparativo anual, o salto foi de 12,6%, para R$ 657,1 bilhões.

Com isso, o governo central atingiu menos de 10% da meta fiscal do segundo quadrimestre do ano. O resultado primário realizado até agosto foi de R$ 3,1 bilhões, quando Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social deveriam economizar para o pagamento de juros da dívida pública R$ 39 bilhões.

Apesar do resultado fiscal ruim em agosto, o secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin, reforçou que o governo manterá a meta de superavit inalterada. “Já adiantamos no nosso relatório em 22 de setembro que mantemos a meta do ano e evidentemente o relatório já considerou o resultado de agosto”, disse.  “Embora a gente tenha um primário baixo, mantemos a meta do ano porque muitos eventos vão ocorrer nos próximos meses”, destacou. “Já fizemos em quatro meses R$ 62 bilhões. Não é uma coisa tão fora. Há vários eventos nos próximos meses. O governo está trabalhando sim com o relatório que foi divulgado em 22 de setembro e vamos trabalhar para cumprir”, emendou.