Dilma reafirma compromisso com meta de inflação e superávit fiscal
Autor(es): Luiza Damé e Catarina Alencastro
A presidente Dilma Rousseff disse ontem, por meio do Twitter, que o país sente os efeitos da crise econômica internacional, mas conseguirá manter a inflação dentro do teto da meta de 6,5% e fazer superávit primário. Segundo a presidente, é preciso equilíbrio fiscal para garantir investimentos em programas de saúde, mobilidade urbana e educação.
No seu texto, ela diz que dos cinco pactos lançados após as manifestações de junho, o primeiro foi o da estabilidade fiscal. Até porque, segundo ela, não é possível executar grandes projetos de saúde, de mobilidade urbana e de educação sem cuidar do aspecto fiscal. A presidente disse ainda que o Brasil sente os efeitos da crise internacional mas, mesmo assim, pelo décimo ano consecutivo, o governo cumprirá o compromisso de ter a inflação abaixo da meta de 6,5% anuais.
DESTAQUE PARA O SUPERÁVIT
Dilma lembrou ainda que o país tem reservas internacionais de US$ 376 bilhões e ainda registra superávit primário e que seis economias do G-20 terão superávit em 2013: Arábia, Itália, Brasil, Turquia, Alemanha e Coreia do Sul.
Entre janeiro e setembro deste ano, a economia do governo para pagamento de juros da dívida pública, o chamado superávit primário, foi de R$ 44,96 bilhões, o equivalente a 1,28% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo a presidente Dilma Rousseff, o país tem uma economia sólida e, por isso, tem recebido investimentos externos expressivos e citou o leilão do pré-sal de Libra. E arrematou o texto com um recado claro para a oposição: “Quem aposta contra o Brasil sempre perde”.
À tarde, a presidente reuniu-se com os líderes aliados no Senado para pedir que projetos com impactos no orçamento não sejam votados este ano. Entre os projetos, cujo impacto nas contas públicas é estimado em R$ 60 bilhões, estão o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e o aumento dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios. Dilma se reunir na semana passada com os líderes governistas da Câmara dos Deputados e deve se encontrar com o Conselho Político hoje.