A reforma política discutida pela sociedade

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Enquanto os nossos nobres parlamentares não voltam de seu recesso no próximo dia 6 de agosto, nós da sociedade civil organizada cumprimos a nossa obrigação de não deixar que eles esqueçam das importantes questões da cidadania.

Embora os temas mais citados nos noticiários para a volta aos trabalhos sejam o passe livre e a unificação da alíquota do ICMS, diversas organizações da sociedade têm se preparado para enfrentar uma das grandes questões atuais: a reforma política.

Como se viu logo antes do início do recesso, sugestões vindos dos próprios parlamentares não faltam. O que falta é a devida discussão com a sociedade, antes de qualquer decisão sobre assembleia constituinte, plebiscitos, referendos, pecs e “que-tais”. Mas se engana quem acha que a sociedade está passivamente esperando os políticos se posicionarem. Diversos fóruns, seminários, workshops têm sido organizados com o único propósito de debater a reforma. E eles vêm envolvendo diversos segmentos da sociedade, como liberais, religiosos, ativistas sociais, empresários e servidores públicos.

Por exemplo, desde o início do ano, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o MCCE, em parceria com o Confea – Conselho Federal de Engenharia, vem realizando fóruns de discussão sobre o tema. Na mesma linha, outras organizações também têm discutido amplamente a reforma, como a Ordem dos Advogados do Brasil/OAB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB, a Plataforma dos Movimentos Sociais, e dezenas de outras organizações de influência nacional.

Amanhã mesmo, na sede do Ibase-RJ, no centro da cidade , o MCCE convida para o que eles estão chamando de “conversatório” sobre a reforma política”. E no próximo dia 2 de agosto, sexta-feira, é a vez do PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais, começar a discutir o tema em São Paulo, na Faculdade de Direito, ali no Largo São Francisco, número 95.

Já no dia 7 de agosto, quarta-feira da semana que vem, será a vez dos servidores públicos darem a sua contribuição. O Fonacate, organização que congrega 26 entidades representativas das carreiras de Estado, convida para o seminário “O Papel das Carreiras de Estado na Reforma Política”, na Câmara dos Deputados.

Como se pode ver, as entidades da sociedade civil não estão se esquivando de uma discussão que nossos políticos evitam há décadas. Se eles não se mexerem logo na volta do recesso, correm o risco de serem atropelados de novo, e fazerem mais uma vez papel de bobos da corte – para dizer o mínimo – perante nós, soberanos de seus mandatos e pagadores dos impostos que custeiam isso tudo.