Semana de protestos

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Autor(es): VERA BATISTA

Correio Braziliense – 19/11/2012

 

 

Várias categorias prometem mobilizações, que devem afetar os brasileiros

 

Trabalhadores insatisfeitos com acordos salariais ou em busca de antigas reivindicações prometem, para esta semana, diversos protestos, que devem afetar diretamente a vida dos brasileiros. A principal reivindicação é por reajustes acima dos 15,8%, parcelados em três anos, oferecidos pelo Executivo. O governo não quer comentar o assunto, mas analistas afirmam que esse é o seu calcanhar de aquiles, porque toca diretamente na arrecadação.

Os auditores fiscais da Receita Federal farão, de hoje a sexta-feira, uma operação que chamam de desembaraço zero. Haverá morosidade nos despachos nas aduanas — ou seja, portos, aeroportos e fronteiras — do país. Nesta segunda-feira, também está agendado um encontro do ministro da Justiça, Luiz Eduardo Cardozo, com escrivães, papiloscopistas e agentes (EPA’s) da Polícia Federal para retomar a discussão sobre a reestruturação dessas carreiras. Caso o governo não reabra as negociações, a categoria ameaça parar de novo. 

Amanhã, a pressão será ainda maior. Sindicalistas garantem que vão ocupar Brasília para 
cobrar a aprovação da PEC das Trabalhadoras Domésticas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), tida como o braço sindical do PT, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comércio e Serviços (Contracs) farão manifestação diante do Congresso no Dia da Consciência Negra. “A maioria das domésticas é negra, e somente 26,8% têm carteira assinada. A luta por igualdade de direitos extrapola o movimento sindical e pertence a toda a sociedade”, aponta Rosane Silva, da CUT.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) também vai se mobilizar. De hoje a sexta-feira, promoverá diversas atividades em defesa das Institutos Federais de Educação (IFE), para marcar o Dia Nacional de Luta pela Reestruturação da Carreira, celebrado amanhã. “É preciso alterar o Projeto de Lei nº 4368/201212 (que traz alterações relacionadas às carreiras) e, para isso, devemos mostrar aos parlamentares a insatisfação dos professores”, conta o primeiro vice-presidente do Andes, Luiz Henrique Schuch. A entidade participará, também amanhã, de audiência pública na Comissão de Trabalho e Serviço Público (CTASP), na qual tramita o PL.