Negociação reaberta
Autor(es): VERA BATISTA |
Correio Braziliense – 09/11/2012 |
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As negociações salariais com as 10 carreiras que não aceitaram o reajuste de 15,8%, em três parcelas, recomeçarão no início do ano que vem, para possíveis acertos financeiros em 2014. E os policiais federais que ainda não receberam o restante da reposição dos dias parados terão o dinheiro depositado na conta até o fim deste mês. O aviso foi do secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, durante audiência na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Ele disse ainda que a reestruturação da carreira dos policiais federais é um assunto complexo, que exige esforço conjunto de vários órgãos, como o Ministério da Justiça e a direção da Polícia Federal. “A mesa de negociação tem seus limites. Uma reestruturação desse porte, que envolve redefinição de carreiras, precisa do convencimento de diversas áreas do governo”, ressaltou Mendonça. Foi aplaudido pelos escrivães, papiloscopistas e agentes (EPAs) presentes, que estiveram em greve por 69 dias. “O objetivo do secretário é resolver. Tenho certeza de que ele saiu do processo quase tão frustrado quanto nós”, assinalou o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink. O sentimento de otimismo aumentou, quando Mendonça anunciou que os dias parados — alguns tiveram o contracheque zerado — virão em folha suplementar. “Será no dia 20, com o salário”, contou Wink. A definição da data ocorreu após exaustivos ajustes entre a Fenapef e o Planejamento, que atravessaram a noite de quarta-feira. “Felizmente, conseguimos equacionar o problema”, disse Wink. Mendonça aproveitou a oportunidade para reafirmar a boa vontade do governo. Disse que, em 10 anos — oito do governo Lula e dois de Dilma Rousseff —, o país viveu o mais longo processo de negociação. Foram assinados 105 termos de acordo com mais de 1,1 milhão de servidores ativos e inativos do Poder Executivo. Mas pregou a necessidade de se regulamentar o direito de greve, para evitar os abusos cometidos recentemente pelo funcionalismo. “Isso vai dar mais segurança para o governo e para os servidores. Ninguém pretende restringir nada”, frisou. Afago |