Prata da Casa “Nosso país precisa repensar urgentemente em uma Política Nacional de Desenvolvimento”

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A melhora na qualidade dos serviços prestados à sociedade pelo setor público federal tem nome e sobrenome:Maria Inez Vieira. Servidora de carreira de planejamento e orçamento, a economista se dedicou e repassou seu vasto conhecimento na área econômica durante quase três décadas. Durante esse período, ela desenvolveu e coordenou atividades importantes em aproximadamente 10 órgãos federais. 

Ainda quando trabalhava no setor privado, Maria Inez conta que o sonho de viver em país melhor e em um mundo mais justo, aliado à vontade de que o resultado de seu trabalho pudesse mudar, de forma positiva, a vida dos brasileiros, fizeram com que ela optasse pela carreira pública federal. “Após executar serviço durante cinco anos em uma empresa, resolvi ingressar na área pública, pois queria desempenhar atividades importantes ao meu país”, detalha.

O reconhecimento de toda dedicação e esforço profissional veio não apenas por meio de convites para exercer cargos de chefia, mas também pelo recebimento da medalha Ministro Celso Furtado. A honraria foi concedida em 2012 pelo Conselho Regional de Economia (Corecon). Sempre disposta a colaborar em estudos ligados a planejamento e gestão orçamentária, Maria Inez deixou sua marca em importantes projetos executados nos órgãos aos quais teve o “privilégio de trabalhar”, segundo ela.

Com a experiência de quem já enfrentou e venceu desafios diários durante o exercício da profissão, da falta de recurso público e força de trabalho, escassez de curso de capacitação, entre outros, a aposentada ressalta que o servidor deve ser sempre capaz de lidar com as mais variadas situações. “Nada é mais desafiador do que estar preparado para adaptações e imprevistos que podem surgir no dia a dia. Independentemente da situação, é necessário manter a ética e a confidencialidade, frisa.

Questionada se os servidores de carreira se sentem profissionalmente valorizados pelo governo e pela sociedade, ela acredita que o reconhecimento seria maior se houvessem avaliações qualitativas do trabalho. “Precisamos repensar nossos planos de negócio, uma vez que não temos política de estado e sim política de governo. Precisamos ter continuidade de ações. Nosso País precisa repensar urgentemente em uma Política Nacional de Desenvolvimento”, mencionou.

O futuro e a mudança organizacional

Preocupada com o desenvolvimento econômico do país, a economista sempre buscou desenvolver ações que alie crescimento com sustentabilidade e responsabilidade social. Segundo ela, a sociedade e os agentes públicos e privados precisam se unir a fim de acelerar a mudança no processo produtivo do modelo econômico linear para o modelo econômico circular, considerando o esgotamento iminente de matérias primas. Na visão dela, essa ação precisa ser prioridade do estado.

“É essencial promover a integração e colaboração entre os diversos elos da cadeia produtiva e do governo.No modelo econômico circular, reavaliamos os processos produtivos, revemos nossos valores e nossas atitudes, repensamos os designs de produtos, processos e serviços. O bom design deve promover a longevidade, possibilitar que um produto dure mais”, enfatizou.

Trabalho educativo

Atualmente, Maria Inez trabalha nos projetos educacionais Brasileirinho e Economia Circular. Nessa atividade, a aposentada busca conscientizar crianças e adolescestes entre 6 e 14 anos sobre a necessidade de desenvolver princípios de integração, preservação ambiental, acessibilidade e inclusão social. Quando se aprofundou no universo da Economia Circular, Maria Inez fechou um ciclo de sua trajetória, inaugurando um caminho novo: a busca por um autêntico projeto de sustentabilidade. 

Desenvolvido com uma amiga nos anos 80, o projeto ressalta a importância da produção e do consumo consciente, por meio depolíticas de extinção do desperdício e otimização da logística. O objetivo, além de formar cidadãos engajados com as causas ambientais, é minimizar os efeitos causados pelo aquecimento global. Clique no link a seguir e conheça mais sobre os projetos citados. Brasileirinho e Economia Circular: bit.ly/40HjV9a

Empreendedora e educadora entusiasta, a economista não quer se dedicar a um novo desafio profissional, vai muito além disso, seu objetivo é sedimentar uma nova meta de vida: investir no estudo e na divulgação dos conceitos da economia circular, que acredita ser imprescindível para a construção de uma proposta humanitária mais justa e igualitária. Com o pensamento de quem pode fazer a diferença nos dias de hoje, ela se inspira em uma importante frase do poeta Mario Quintana. “A mudança que queremos, talvez, esteja na atitude que não tomamos”, conclui.