Cenário positivo da economia nos próximos anos depende da aprovação das reformas, alerta ministro

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O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, apresentou, na manhã desta terça-feira (19), durante o evento “Correio Debate: Desafios para 2018”, realizado pelo jornal Correio Braziliense, as projeções positivas para o cenário econômico do ano que vem. No entanto, apontou que a aprovação das reformas propostas pelo governo, em especial a Reforma da Previdência, é uma condição para que as boas previsões se confirmem.

“A decisão de ter um desempenho brilhante e de ter um desempenho mediano depende da aprovação das reformas, em particular a Reforma da Previdência. E é por isso que estaremos trabalhando ainda mais, com muito mais força para encaminhar as reformas”, afirmou o ministro para um público de economistas, analistas, jornalistas e outros atores econômicos.

Dyogo Oliveira afirmou que a Previdência seguirá com déficit crescente e que o rombo poderá chegar a R$ 225,3 bilhões em 2020, caso mudanças nas regras atuais não sejam alteradas. O ministro voltou a alertar, ainda, que não aprovar as reformas impacta, diretamente, no bem-estar social da população, que poderá chegar a perder R$ 7 mil reais de renda até 2020, se consideradas a projeção de redução do PIB per capita e o aumento da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG).

 O ministro reforçou a melhoria nos indicadores de emprego, inflação, juros e a recuperação do investimento. “O que o governo tem feito nesse processo de arrumar as contas, permitindo um cenário de inflação baixa, permitindo a queda da taxa de juros? Colocou dinheiro na mão do consumidor para o consumidor reativar a economia e fazê-la crescer”, disse.

 De acordo com Oliveira, a melhora do cenário econômico está associada às reformas iniciadas pelo governo, que possibilitou um ganho de credibilidade. Como consequência disso, por exemplo, a expectativa é de que o PIB possa crescer 3% em 2018. “Isso é muito bom, muito positivo. É o resultado de todo um trabalho de cooperação da política econômica, de ações efetivas de recuperação da economia e de criação de credibilidade. O risco é de que isso possa se reverter também de maneira bastante rápida”, concluiu o ministro, ao apontar que já houve nos últimos dias um início de inversão de alguns indicadores positivos com a decisão de se votar a Reforma da Previdência em fevereiro de 2018.