Contas externas têm déficit de US$ 2,479 bilhões em junho

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Depois de dois meses seguidos de resultado positivo, as contas externas fecharam junho com déficit de US$ 2,479 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (26).

No primeiro semestre, o déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações, ficou em US$ 8,444 bilhões, bem menor que o resultado negativo de US$ 37,888 bilhões registrado em igual período de 2015.

No balanço das transações correntes, a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou saldo negativo de US$ 2,873 bilhões, no mês passado, e US$ 17,554 bilhões no primeiro semestre.

A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) acusou resultado negativo de US$ 3,594 bilhões em junho, e US$ 14,817 bilhões nos seis meses do ano.

A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) registrou resultado positivo de US$ 234 milhões no mês passado, e de US$ 1,479 bilhão no primeiro semestre.

A balança comercial teve superávit de US$ 3,755 bilhões, em junho, e US$ 22,448 bilhões no primeiro semestre.

Investimento estrangeiro

Em junho, o investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 3,917 bilhões, resultado menor que o de igual mês de 2015 – US$ 5,397 bilhões. Nos seis meses do ano, esses investimentos somaram US$ 33,816 bilhões, ante US$ 30,932 bilhões em igual período de 2015.

O país também registrou entrada de investimento em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior e em fundos de investimento no total de US$ 2,162 bilhões em junho, e US$ 5,988 bilhões no primeiro semestre. O investimento títulos negociados no país ficou em US$ 1,071 bilhão em junho, mas nos seis meses do ano houve mais saída do que entrada de investimentos, o que resultou no saldo negativo de US$ 11,389 bilhões.