CPMF só deve ser discutida após impeachment, diz vice-líder do governo
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), disse hoje (19) que a proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) só deve ser levada adiante pelo governo no Congresso Nacional após “derrotar” o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, que tramita no Legislativo.
Para o vice-líder do governo, a prioridade do Palácio do Planalto na retomada do ano Legislativo, em fevereiro, deve ser “se apressar para derrubar” o processo de impeachment contra Dilma. Segundo o parlamentar, essa agenda “atrapalha o país.”
“Espero que logo na abertura dos trabalhos, o presidente [da Câmara, Eduardo Cunha] coloque em pauta a eleição da comissão que vai analisar o impeachment”, defendeu.
Teixeira disse que a CPMF é “fundamental para o equilíbrio das contas públicas”, mas deve ser discutida considerando o tamanho da carga tributária.
“Se for necessário criar imposto, que não se aumente o conjunto da carga tributária. No Brasil, aqueles segmentos mais ricos contribuem proporcionalmente menos que os segmentos mais pobres. Então, pensar o imposto sobre grandes heranças é um tema contemporâneo”, avaliou o deputado, após reunião com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.
Teixeira disse que fez um apelo a Berzoini para que o governo trabalhe pela aprovação do projeto que tributa grandes fortunas. O ministro não se manifestou sobre a sugestão do parlamentar.