SINDIFISCO VÊ AVANÇOS TÍMIDOS NA CONTRAPROPOSTA DO GOVERNO

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A reunião no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), conduzida pelo secretário Sérgio Mendonça (Relações do Trabalho), foi considerada pelo Sindifisco Nacional sem avanços em pontos importantes para os auditores, sobretudo nas questões paralelas à salarial.

Para Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional, os percentuais que vêm sendo apresentados pelo MPOG não restabelecem o protagonismo dos auditores, se comparados os salários pagos pela Receita Federal com o de várias receitas estaduais – os da RFB estão em 25º lugar na escala.

“Mas não é somente isso. A proposta do governo não contempla questões importantes para os auditores, como a Lei Orgânica do Fisco. Para nós, tudo está interligado e vai além do reajuste salarial”, sentenciou Damasceno.

Ele também alertou que “quem faz hoje um concurso para auditor, faz para a Receita Federal e para as estaduais. Se passa nos dois, escolhe a estadual porque o salário é muito melhor. O governo não percebeu que vem perdendo gente e interesse”.

A remuneração de um auditor da RFB atualmente é menor que seu equivalente na receita do Amazonas (diferença de 123%), do Pará (de 114%) ou do Piauí (de 76%) – estados de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo o “Atlas do Desenvolvimento Humano 2013”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).