Com a indústria fraca, governo anuncia novos benefícios para as empresas

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Com estoques acima do planejado, a produção industrial manteve a tendência de queda, em maio, segundo pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de evolução da produção registrou 48,4 pontos no mês passado e ficou, pelo sétimo mês consecutivo, abaixo dos 50 pontos, em uma escala de 1 a 100. A CNI considera que, acima de 50 pontos, há alta na produção, e abaixo, queda.

O cenário é considerado de “grande dificuldade” para o setor, informou a CNI, e se agravou porque, com queda de produção e estoques altos, há tendência de queda no emprego. Com isso, o índice de evolução do número de funcionários recuou de 47,8 para 46,8 pontos. O indicador está abaixo dos 50 pontos em todos os portes de empresas, informou a CNI. No caso das pequenas, está em 46,4 pontos; nas médias, 45,8 pontos; e, nas grandes, 47,5 pontos, “mostrando uma disseminação da queda do número de empregados pela indústria”.

Mas a crise não se concentra no segmento industrial. O setor de serviços também vive um período difícil. Em abril, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento nominal de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior foi o menor desde março de 2013, quando o avanço havia sido de 6,1%. A receita dos serviços, no ano, acumula alta de 8%, também a menor desde março do ano passado.

Não à toa, o governo, preocupado com a aproximação dos empresários com a oposição, deve anunciar hoje um pacote de medidas para favorecer a indústria. A presidente Dilma Rousseff vai se reunir com os representantes do segmento, no Palácio do Planalto. Devem entrar no pacote decisões de ordem tributária, regulatória e também mudanças na tomada de crédito.