A mudança de Gleisi

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Autor(es): Denise Rothenburg

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, já requisitou o apartamento funcional do Senado para ocupar a partir de 13 de janeiro. A expectativa é que, até lá, ela esteja dispensada das atribuições atuais para curtir uma quinzena de férias e, depois, cuidar exclusivamente da campanha ao governo do Paraná e do mandato de senadora. Com o PMDB paranaense rachado, é hora de tentar se posicionar com mais afinco no estado em que Dilma perdeu as eleições em 2010 e atrair aliados. A missão dela é ganhar terreno sobre os tucanos. E é nisso que começará a trabalhar em breve. Hoje, ela recebe jornalistas em um café da manhã para um último balanço de suas ações na Casa Civil.

Ideli fica

A cada dia crescem as apostas de que Ideli Salvatti continuará no governo Dilma Rousseff. Isso porque a vaga de candidato ao Senado em Santa Catarina está mais para Cláudio Vignatti, que tem cada dia um espaço maior no diretório estadual.

Que não se repita I

Os deputados que passaram ontem por Brasília atrás das emendas ao Orçamento deste ano, não escondiam a alegria com a sanção da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “No ano que vem, com o Orçamento impositivo, estaremos livres dessa humilhação”, comentou o deputado Danilo Forte (PMDB-CE).

Que não se repita II

O que mais irritou as excelências foi o fato de a Secretaria de Relações Institucionais ter enviados apenas às vésperas do Natal a lista de emendas a serem atendidas. Resultado: todo mundo foi obrigado a ficar em Brasília para se certificar do empenho e da liberação dos recursos.

É ele!

O PSD dá como certa a chapa pura para o governo paulista, com Gilberto Kassab candidato a governador e com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles ao Senado. O papel de Kassab será o de defender sua gestão em meio à onda de denúncias que tomou conta da capital paulista.

Hora da política

Quando Gleisi assumiu o cargo de ministra da Casa Civil, a ordem de Dilma foi trabalhar muito e falar o menos possível, porque queria mais gestão e menos política por ali. Agora, 10 em cada 10 ministros do governo apostam num perfil mais político — leia-se Aloizio Mercadante. Se Dilma mudar de ideia no recesso e quiser deixar a Casa Civil mais técnica, o nome será o de Carlos Gabas.

Fila I/ O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, teve que correr para o gabinete depois da entrevista sobre as ações de emergência para auxílio aos desabrigados no Espírito Santo. É que a sala de visitas estava apinhada de deputados atrás das emendas ao Orçamento deste ano.

Fila II/ “Quando vier o Orçamento impositivo, no ano que vem, a Saúde terá que mudar o seu sistema. Eles são hoje os mais atrasados na liberação das emendas”, contou o deputado Guilherme Campos (PSD-SP). O ministro Padilha, entretanto, diz que está tudo bem na liberação das emendas de sua pasta.

Por falar em …/ Guilherme Campos (foto), ele fez um périplo ontem pela Esplanada a fim de liberar as suas emendas. “Faltaram algumas que ele pretende liberar ainda esse ano. Sabe como é, quem torce para a Ponte Preta acredita em qualquer coisa!”

Fim decisivo/ A ministra Laurita Vaz estabeleceu uma meta para sua equipe de gabinete no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até o fim deste mês, quer intensificar os trabalhos com o objetivo de diminuir o número de processos à espera de decisão. Desde que assumiu o cargo, em setembro de 2012, ela já reduziu por volta de 30% a quantidade de ações que estavam paradas. Agora, pretende diminuir mais 10% desse volume até a virada do ano. Ou seja, lá não teve moleza nessa quinzena.