Para Planalto, Orçamento impositivo é moeda de troca
Autor(es): Por Fernando Exman | De Brasília |
Valor Econômico – 11/04/2013 |
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O Palácio do Planalto detectou no movimento do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para aprovar o Orçamento impositivo no Congresso a intenção de usar o tema como moeda de troca para negociar a indicação do próximo ministro da Integração Nacional. A vaga será aberta, caso o PSB realmente deixe o governo federal para lançar a candidatura à Presidência da República do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O atual ministro, Fernando Bezerra Coelho, é uma indicação de Campos. No PMDB, porém, a avaliação feita entre os auxiliares da presidente Dilma Rousseff é vista como “equivocada”. O partido de Henrique Eduardo Alves pondera que o esforço do presidente da Câmara pela votação da proposta que estabelece o Orçamento impositivo deve-se ao cumprimento de promessas feitas durante a campanha do pemedebista à presidência da Casa. O Orçamento impositivo é uma das bandeiras defendidas por vários parlamentares. Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou a proposta de emenda constitucional que trata do tema. No entanto, o mérito do projeto será ainda analisado por uma comissão especial. Para autoridades do Planalto, é natural que Alves e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentem se aproveitar de seus cargos para obter concessões. No entanto, acreditam que essas tentativas não serão muito arrojadas devido ao peso que Dilma poderá exercer para influenciar as disputas eleitorais em Alagoas e Rio Grande do Norte em 2014. |