Diferenças regionais
Correio Braziliense – 11/04/2013 |
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O dragão volta a assombrar o Brasil O país se divide, hoje, em dois: o Brasil cuja inflação estourou o teto da meta, de 6,5%, e o que está próximo de ultrapassar esse limite de tolerância. E, nos dois extremos da carestia, estão Belém e Brasília. Entre as 11 cidades pesquisadas, a paraense foi a que registrou a maior alta no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses até março — 9,19%. Na outra ponta, está a capital federal, onde o indicador teve a menor expansão: 5,85%. Segundo especialistas, as diferenças econômicas e regionais explicam a alta do custo de vida mais expressiva em determinados lugares quando comparado a outros. A diferença de renda entre as cidades é grande, e o Norte e o Nordeste são as regiões com a maior população de baixa renda. Ainda assim, ambas são as que mais apresentaram crescimento dos rendimentos familiares nos últimos anos. Com um pouco mais de dinheiro no bolso, o consumo cresceu fortemente. O problema é que o ganho de renda dessas famílias, agora, tem sido corroído pela inflação e pode comprometer a política de distribuição de renda e a mobilidade social no país. Regiões como São Paulo e Brasília, em contraponto, apresentaram variações menores e abaixo do teto da meta. Isso aconteceu, dizem os especialistas, porque são economias consolidadas, nas quais a elevação do consumo não é tão intensa como em outras cidades. Frete |