Governo apresentou novos valores, mas manteve diferença entre os Poderes

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A Assecor participou, nesta quarta-feira (22), de mais uma reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), na qual o governo apresentou os novos valores de reajuste dos auxílios concedidos aos servidores públicos federais. Apesar do avanço em relação ao valor atual, a proposta ficou abaixo das expectativas das entidades, que reivindicam equiparação dos benefícios entre os três Poderes.

Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o auxílio-alimentação passará para R$ 1.175,00 em dezembro de 2025, caso o acordo seja aceito, e para R$ 1.200,00 em abril de 2026, condicionado à aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). O per capita saúde e o auxílio-creche serão corrigidos em 2026, com base no IPCA acumulado desde a última atualização.

Para o presidente da Assecor, Marco Antonio de Oliveira, a proposta não atende à principal demanda das entidades.

Nós estávamos com a expectativa de equiparação com os outros Poderes. Essa diferença de tratamento precisa ser enfrentada para que haja valorização efetiva do serviço público e isonomia entre os servidores”, afirmou.

O presidente do Fonacate, Rudinei Marques, também criticou a condução do processo.

“A Mesa de Negociação não foi criada para ser uma instância de comunicação unilateral do governo para as entidades de classe. Precisa haver negociação real, o que não aconteceu nesse caso dos benefícios. Seguiremos na luta”, declarou.

As entidades que integram o Fonacate e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonasefe) devem se reunir nos próximos dias para definir a posição conjunta diante da proposta do governo.