Frases comumente ditas por servidores públicos – reflexões à luz de teorias em políticas públicas

Clarice Fernandes Marinho - Analista​de ​Planejamento ​e ​Orçamento ​em ​exercício ​no ​Governo ​do ​Distrito​Federal. ​Brasília,​ Brasil.
Thaís Lopes Rocha - Analista​ Técnica ​de ​Políticas ​Sociais​ em ​exercício​ na ​Secretaria​ Especial​de ​Assuntos​ Estratégicos ​da​ Secretaria-Geral​ da ​Presidência ​da​ República.​Brasília,​Brasil.

Resumo: No meio burocrático brasileiro atual, é comum escutar de servidores públicos algumas frases que expressam angústia em relação à evolução das iniciativas em seus órgãos, tais como “esse assunto não é prioridade, então não vai andar” ou “depende da decisão do (a) chefe, não se pode fazer nada”. Neste artigo reflete-se sobre a adequabilidade dessas expressões a partir da apresentação de referencial teórico em políticas públicas, com foco nos tópicos sobre a formação da agenda governamental. Evidencia-se que determinadas críticas do servidor ao funcionamento da Administração Pública muitas vezes é resultante da incompreensão de dinâmicas próprias das políticas públicas. Acredita-se que a propagação desse conhecimento possa auxiliar servidores públicos na compreensão de processos vivenciados cotidianamente, minimizando os sentimentos de frustração e proporcionando melhor desempenho no trabalho a ser realizado, com potencial para impactar positivamente a atuação dos órgãos públicos no atendimento às demandas da população.