Vol. 6 Número 2 (2016)

Nesta edição, o periódico traz cinco artigos. Dentre os temas abordados estão o papel do gestor como planejador e estrategista nas organizações atuais e o princípio da boa-fé orçamentária aplicado ao sistema orçamentário brasileiro.

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O modelo incremental como teoria para o processo orçamentário

Marco Antonio Alves - marcoantonio.alves@gmail.com
Analista de Planejamento e Orçamento. Ministério da Defesa. Brasília, Brasil.

Resumo: Este ensaio analisa o modelo incremental como teoria para o processo orçamentário, baseado nos estudos desenvolvidos por Davis, Dempster e Wildavsky (1966, 1974) e comprovados ao se analisar o orçamento do governo federal estadunidense. O incrementalismo parte do pressuposto que cada orçamento é elaborado com base no anterior, com pequenas variações, que são apenas incrementais. No caso brasileiro, embora possa se afirmar que, para as três esferas de governo, o processo orçamentário sofra forte influência incremental, os estudos orçamentários são eminentemente técnicos, não existindo a preocupação de se utilizar de modelos teóricos para examinar e compreender o comportamento das decisões no processo orçamentário. Conhecer as variedades de modelos teóricos existentes – o incrementalismo como partida – e compreender como se comportam os agentes na alocação dos recursos públicos são fatores que certamente contribuirão para o conhecimento acadêmico e também para a moderna prática da gestão governamental.

Palavras-Chave: Ciência política; Estudos orçamentários; Incrementalismo
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Princípio da boa-fé orçamentária: aplicando o princípio ao sistema orçamentário brasileiro

Arthur Mesquita Camargo - arthurmesquita@gmail.com
Mestre em Administração Pública. Professor da Universidade Católica de Brasília.Brasília, Brasil.

Resumo: O uso indiscriminado dos recursos públicos nos finais de ano para evitar uma provável perda de dotação orçamentária é um procedimento típico no sistema orçamentário brasileiro. Assim, indaga-se se a construção de um princípio orçamentário poderia influenciar uma nova cultura organizacional nos órgãos públicos de modo a limitar o uso indiscriminado destes recursos? Trata-se de pesquisa teórico-empírica com o objetivo de analisar a aplicabilidade do princípio norte-americano da boa-fé orçamentária ao sistema orçamentário brasileiro. Verificou-se que o fenômeno que o princípio pretende solver é comum e suficientemente discutido pela literatura nacional, contudo avaliou-se que há dificuldades operacionais para a aplicação do princípio no sistema orçamentário brasileiro, primeiro, em virtude da barganha orçamentária e, em segundo, em razão do viés cognitivo gerado pelo efeito use it or lose it.

Palavras-Chave: princípios orçamentários; orçamento público; princípio da boa-fé orçamentária; the bona fide needs rule; direito orçamentário
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Infraestrutura Nacional de dados Espaciais (INDE) como instrumento para aperfeiçoar a gestão pública

Ernesto Batista da Silva Filho - ernesto.silva-filho@planejamento.gov.br
Analista de Infraestrutura. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Brasília, Brasil.
Fernando Daniel Franke - fernando.franke@planejamento.gov.brAnalista de Planejamento e Orçamento. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Brasília, Brasil.

Resumo: Este trabalho aborda a utilização da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) como um instrumento para aperfeiçoamento da gestão pública, abordando dois aspectos: a qualificação da tomada de decisão e o aprimoramento da transparência pública. Para demonstrar a hipótese apresentada, realizou-se um breve ensaio analítico, confrontando informações disponíveis na INDE sobre os principais empreendimentos previsto na carteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal para a região do Tapajós, sudoeste do Estado do Pará, com algumas informações ambientais, econômicas e da temática de saúde, disponíveis para a região.

Palavras-Chave: Gestão Pública. INDE. Transparência Pública.
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O papel do gestor como planejador e estrategista nas organizações atuais

Diego Felipe Borges de Amorim - diegofelipeborgesdeamorim@gmail.com
Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social. Porto Alegre, Brasil.

Resumo: Com o objetivo de identificar a importância do planejamento na gestão dos negócios, esse estudo buscou responder a seguinte indagação: qual o papel do gestor como planejador e estrategista nas organizações atuais? A metodologia utilizada foi a pesquisa descritiva através da técnica de levantamento bibliográfico dos principais autores e estudiosos sobre o tema em questão, além de informações resgatadas em websites e artigos. Constatou-se que a filosofia do planejamento é essencial para qualquer espécie de negócio e que somente com a responsabilidade e com o comprometimento com à ação por todos os colaboradores é que se pode colocar em prática os planos estabelecidos. Além disso, o planejamento funciona integrado e alinhado às estratégias do negócio, sendo parte essencial no suporte aos processos decisórios. O papel do gestor é ser o elo entre o planejamento, a estratégia e a ação. Assim, os resultados positivos só podem ser obtidos através de um escopo de planejamento e controle adequados e alinhados à estratégia principal do negócio.

Palavras-Chave: Planejamento, Gestão, Responsabilidade, Comprometimento, Estratégia.
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Capacidades burocráticas e políticas no âmbito da gestão pública: inferindo limites e possibilidades para a gestão pública operacional

Alexander Cambraia N. Vaz - cambraia04@gmail.com
Doutor em Ciência Política (UFMG), Professor Doutor do Instituto Brasiliense de Direito Público(IDP) e Professor Associado da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Brasília, Brasil

Resumo: O artigo analisa os arranjos político-institucionais que conferem ao Estado capacidades para o equacionamento, equilíbrio e construção de sinergias com os diversos grupos componentes do tecido social no âmbito de implantação de seus projetos. Embora as capacidades burocráticas do Estado sejam patentes e reconhecidas como significativas no âmbito da gestão pública, o cenário atual exige do ator muito mais o aperfeiçoamento de capacidades políticas para garantia de legitimidade na implementação de seus respectivos projetos socioeconômicos. Pressupõe-se, assim, que programas e ações estatais que conseguem alinhar autonomia burocrática com capacidade de lidar e trabalhar as demandas advindas dos grupos socioeconômicos e políticos tendem a ser aqueles mais inovadores e bem-sucedidos. Isso se daria por eles congregarem, ao mesmo tempo, capacidades técnicas e operacionais para o trabalho à capacidade de compreensão das necessidades e inputs da rede de agentes envolvidos no processo. Realiza-se testes inferenciais dessa hipótese com dados gerados a partir da integração de três bases de informações diferentes: o SigPLan (Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento do Plano Plurianual), o banco de filiações a partidos políticos do Tribunal Superior Eleitoral e, por fim, o banco de servidores federais disponibilizado pela Controladoria-Geral da União, tomando por base o período 2004 a 2009. As principais conclusões são de que, de fato, existem correlações importantes entre maiores capacidades burocrática e política e capacidade de apresentar melhores resultados em políticas públicas. Em especial, o desenvolvimento de capacidades políticas parece recrudescer as próprias capacidades burocrática, gerando um movimento de retroalimentação que apenas tende a promover a melhoria da gestão pública de uma maneira geral.

Palavras-Chave: Desenvolvimento; Burocracia; Interfaces Sócio-Estatais.
Tamanho: 1.14 MB

Editor

Márcio Gimene

Equipe Editorial

André da Paz

Bruno Conceição

Daniel Conceição

Eduardo Rodrigues

Elaine Marcial

Gustavo Noronha

José Celso Cardoso Jr

José Luiz Pagnussat

Leandro Couto

Leonardo Pamplona

Mayra Juruá

Pedro Rossi

Raphael Padula

Ronaldo Coutinho

Thiago Varanda

Thiago Mitidieri

Assessoria de Comunicação 
Natália Ribeiro Pereira

Diagramação 
Leandro Celes (Curupira Design)

Uma publicação da ASSECOR

ISSN: 2237-3985